VOLTA PELO DF
“UMA VISÃO DFerente”
A ÚNICA, COMPLETA E VERDADEIRA VOLTA REALIZADA ENTRE OS PONTOS EXTREMOS COLATERAIS E CARDEAIS DO DISTRITO FEDERAL 100% À FORÇA HUMANA (CAMINHANDO, REMANDO E PEDALANDO).
3ª ETAPA
DO PONTO EXTREMO CARDEAL NORTE E COLATERAL NORDESTE AOS PONTOS EXTREMOS CARDEAL LESTE E COLATERAL SUDESTE DO DF.
Antes de mais nada quero deixar bem claro que utilizei o mapa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação – SEDUH de 2019, pois o de 2020 ainda não havia sido elaborado. Tive que consultar também o da SEDUH de 2015 porque ao aplicar o zoom no de 2019, a nitidez não era boa. Outra coisa que se deve levar em consideração é o fato de que o DF (mapa) encontra-se com uma leve inclinação para o Sul e com um leve aclive para o Norte, e portanto, concluí que o Ponto Extremo Norte (PEN) se encontra no mesmo local do Ponto Extremo Nordeste (PENE), e que o Ponto Extremo Sul (PES) se encontra no mesmo local do Ponto Extremo Sudoeste (PESO). Outros Pontos Extremos que também estão no mesmo local são o Ponto Extremo Leste (PEL) e o Ponto Extremo Sudeste (PESE). Fui também aos Pontos Extremos que os chamei de Ponto Extremo Norte (Metade), o qual se encontra na metade entre o PEN e o Ponto Extremo Noroeste (PENO), e ao Ponto Extremo Sul (Metade), o qual se encontra na metade entre o PESO e o PESE.
27/06/2020
Depois de assistir um lindo ocaso voltei os mais de 2 km até a entrada da fazenda onde se localiza o Ponto Extremo Nordeste (PENE) e vi algumas pegadas de animais selvagens na estradinha.
Assim que passei pelo colchete o capataz que eu já havia conhecido anteriormente apareceu e o trancou. Agradeci a ele e nos despedimos.
Ufa, deu tempo!
O dia hoje foi barra.
Graças a Deus deu tudo certo.
28/06/2020
Saí da entrada da fazenda que vai para o PENE, onde estive ontem às 7h30 e fui rumo à DF-110. Ontem à noite mandei consertar o pneu traseiro da bike e o mesmo estava com dois furos minúsculos. O dia amanheceu lindo novamente e o canto das aves me animou logo cedo. Vi papagaios, seriemas, tucanos e pássaros-pretos. Peguei um pequeno trecho de asfalto e logo cheguei à estrada de terra. Vi novamente outras pegadas de animais selvagens. Apesar da invasão humana, muitos destes animais ainda conseguem sobreviver por entre as lavouras.
Pedalei com vigor e logo cheguei à BR-080 com seu asfalto e acostamento maravilhosos. Tal rodovia naquele trecho estava cheia de ciclistas. Eram casais, famílias, grupos e alguns sozinhos. Todo mundo pedalando naquela agradável manhã de domingo. Alguns ao passarem por mim, ou quando eu passava por eles ficavam olhando curiosos para a bandeirinha do DF presa numa haste na traseira da minha bike. Um casal me perguntou o que eu estava fazendo e ficaram surpresos quando disse que estava realizando a volta pelo DF entre os seus pontos extremos. Mais para frente virei à direita na DF-100. Continuei entre muitas lavouras de milho e de sorgo, passei por outros ciclistas e por um grupo de motoqueiros. Depois de um tempo cheguei ao trevo que vai para o Paranoá-DF e onde a DF-100 transforma-se em estrada de terra rumo ao Leste e ao Sudeste do DF. O visual estava cada vez mais cheio de lavouras, como cebolinhas, milho, sorgo e soja. Realmente esta Volta pelo DF é “UMA VISÃO DFerente”.
Parei para lanchar ao lado de um milharal que chegava até a estrada e arranquei uma espiga. Desfolhei-a e vi um milho bonito e bem amarelo. Esfarelei as suas sementes a fim de que algum pássaro as comessem posteriormente naquele chão vermelho do nosso lindo Cerrado. Por um lado é bonito ver a diversidade de lavouras, porém, por outro lado é triste testemunhar que o Cerrado está sendo destruído cada vez mais e o pior é que os ambientalistas só falam da Amazônia. “O Brasil está errado, pois só fala da Amazônia e se esquece do Cerrado” (LCOM). Ainda bem que existem algumas áreas de Reserva Legal e de matas ciliares, mas é muito pouco.
Ao lado das lavouras que estavam a minha esquerda comecei a ver uma mata mais verde e percebi que por ali passa o rio Preto, o mesmo onde se encontra o lindo lago para onde eu estava indo e onde se localizam os Pontos Extremos Leste e Sudeste (PEL e PESE) do DF.
Fiquei chateado ao ver um pobre lobinho recém atropelado ali naquela estrada. Com certeza ele deve ter sido atropelado à noite, pois é um animal de hábitos noturnos, assim como muitos outros. De repente vi uma lavoura diferente bem ao meu lado. Caramba, é trigo! Nunca imaginei que este tipo de cultura dava bem aqui no DF. Parei de pedalar e caminhei sobre aquela plantação todo contente. O trigo do pão nosso de cada dia! Tirei algumas fotos e segui adiante. Apesar de estar pedalando com duas camisas, de já estar com o sangue quente e de já ser mais de 10h da manhã ainda assim senti frio. É o inverno! Ao passar dos 80 km percorridos até as 12h, finalmente avistei o trevo da DF-100 com a DF-285, onde eu deveria virar à esquerda rumo ao PEL e ao PESE. De repente o maldito pneu traseiro da minha bike começou a murchar novamente. O enchi para não perder muito tempo e fui naquele mesmo esquema de ontem, pois faltavam apenas 8 km para eu chegar à divisa do DF com MG. O pior foi que a fome apertou de vez e eu já estava cansado de comer besteiras. Resolvi então parar de pedalar e almoçar logo ali perto no boteco dos amigos João e Alaíde. Arrumei o pneu traseiro da bike e ao chegar onde eu havia parado de pedalar percebi que o celular só tinha 3 % de bateria. Putz, que droga! Agora eu teria que voltar novamente ao boteco do João e da Alaíde para carregar o celular já que eu precisava dele para realizar as filmagens. Acabou que com toda esta enrolação fui pegar o caiaque às 16h30 e percebi que já estava tarde demais para filmar e para fotografar tudo dali em diante. Por causa disto eu teria que acrescentar mais um dia nesta Volta pelo DF. Se bem que já estava muito apertado faze-la em cinco dias por causa, principalmente, do tempo que é preciso para ir e voltar dos pontos extremos.
29/06/2020
Logo cedo eu estava no lago do rio Preto de caiaque saindo da ponte que divide o DF de MG para encarar os cerca de 3,5 km ida e volta dos PELs e dos PESEs a serem percorridos. Antes disto passei rapidamente no PEL e em um dos PESEs segundo o Google Maps ali mesmo naquela ponte.
O dia estava lindo e a água do lago estava calma e parada, parecendo um espelho ao refletir o céu celeste. Ali naquele lago há muitos peixes como o introduzido tucunaré, tilápia, bagre e matrinchã. Remei na direção dos outros possíveis PELs e PESEs e cheguei ao primeiro deles, ou seja, ao Ponto Extremo Leste e Sudeste (PELSE) do marco de cimento número 91.152 do BDG e das Regiões Administrativas. Este marco esteve submerso há cerca de três semanas atrás quando eu estava organizando as travessias, depois quando realizei a Travessia Noroeste-Sudeste ele estava com quase 1 m dentro d’ água e agora na Volta pelo DF ele está com quase 50 cm dentro d’ água. Ou seja, a cada semana nesta época o lago abaixo uns 50 cm por causa da seca e porque as culturas por ali ao redor são quase todas irrigadas por pivôs gigantescos que vão dando a volta em forma de círculos enormes. O pior é que fiquei sabendo que esses agricultores não pagam quase nada para o governo para poderem usufruir deste bem público.
Assim que filmei com o drone o tempo mudou de repente e veio muito vento e frio. Parece até que São Pedro me deixou usar o drone e enviou o mal tempo em seguida depois que acabei de usa-lo. O lago ficou com suas águas remexidas e com muitas ondas. Fui então nos outros possíveis pontos extremos por ali, ou seja, no PELSE da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação – SEDUH, no PELSE da Lei 2874-56 e no Ponto Extremo Sul e Sudeste (PESSE) do IBGE. Veja bem que segundo este Instituto ali estava os pontos extremos do Sul e do Sudeste e não do Leste e do Sudeste. Passei ainda em vários outros pontos possíveis também. Enfim, depois de muita trabalheira concluí tudo por ali.
VÍDEO DA 3ª ETAPA
NO PC: Vá em Detalhes, clique em Qualidade e depois em 1080p HD.
NO CELULAR: Vá nos três pontinhos na parte superior direita, clique em Qualidade e depois em 1080p HD.
PONTO EXTREMO CARDEAL NORTE E COLATERAL NORDESTE DO DF (MARCO BDG 91.145 E DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS)
PONTO EXTREMO CARDEAL NORTE E COLATERAL NORDESTE DO DF (SEDUH 2019)
PONTO EXTREMO CARDEAL NORTE E COLATERAL NORDESTE DO DF (LEI 2874-56)
PONTO EXTREMO CARDEAL LESTE E COLATERAL SUDESTE DO DF (MARCO BDG 91.152 E DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS)
PONTO EXTREMO CARDEAL LESTE E COLATERAL SUDESTE DO DF (SEDUH 2019)
PONTO EXTREMO CARDEAL LESTE E COLATERAL SUDESTE DO DF (LEI 2874-56)
PONTO EXTREMO CARDEAL LESTE E SUL DO DF (IBGE)
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