PONTOS EXTREMOS DAS REGIÕES BRASILEIRAS

 

REGIÃO SUL

PONTO EXTREMO MERIDIONAL DA REGIÃO SUL (PEMRS) E DO BRASIL * SUL *

 

Dia 15/04/2015

 

Estive por ali em 1995 no Ponto Extremo Meridional do LITORAL brasileiro. Porém, eu ainda era um aventureiro e não um explorador ou desbravador e como muitos outros que chegavam ali naquela região meio desinformados, achei equivocadamente, que o mesmo fosse o PEMRS e do Brasil, que na verdade fica em frente ao arroio Chuí a uns 700 m mais ao sul e próximo de um pântano.

Somente mais tarde em 2011 e 2012, e depois em 2014 quando eu estava realizando a Travessia/Expedição Norte-Sul à força humana entre os Pontos Extremos brasileiros foi que cheguei mesmo ao PEMRS e do Brasil.

Em 2015, depois de termos saído de Brasília-DF e passarmos por Cristalina-GO, Catalão-GO, Uberlândia-MG, Frutal-MG, São José do Rio Preto-SP, Marília-SP, Ourinhos-SP, Piraí do Sul-PR, Curitiba-PR, Joinville-SC, Balneário Camboriú-SC, Palhoça-SC, Criciúma-SC, Torres-RS, Porto Alegre-RS, Rio Grande-RS, Santa Vitória do Palmar-RS (SVP-RS) e Chuí-RS finalmente eu e um amigo chegamos à Barra do Chuí, distrito de SVP-RS. Desta vez eu iria registrar a minha presença ao lado do marco LCOM Sul que  representa o PEMRS e do Brasil, sendo feito em minha homenagem por eu ter me tornado o primeiro e único homem do mundo a atravessar todo o Brasil à força humana entre os seus Pontos Extremos.

Acordei às 6h30 e tomei um bom café numa pousadinha ali na Barra do Chuí, distrito de SVP-RS. Observei que ontem quando havíamos passado pela rodovia que liga o Uruguai à cidade do Chuí-RS, havia uma placa de trânsito dizendo erroneamente que o Brasil começava ali no município do Chuí-RS. Errado, pois o Brasil começa no município de SVP-RS, o qual é o mais ao sul. O interessante é que tanto o arroio Chuí na sua posição mais ao sul, quanto o marco comemorativo da Prefeitura do Chuí-RS para um grupo de montaria estavam no município de SVP-RS e não no município do Chuí-RS.

Fomos até a torre eólica mais próxima do PEMRS e do Brasil para tentar chegar mais rápido àquele Ponto Extremo, o qual se encontrava a cerca de 1,7 km de distância daquela torre. Achei o local bem bonito, onde predominava uma pastagem bem plana. A única coisa feia eram as diversas torres eólicas que estavam surgindo por ali. Vi várias placas dizendo que dali em diante era proibida a passagem sem autorização porque existem vários Sítios Arqueológicos. Por ali já foram encontradas várias “boleadeiras”, espécie de pedra redonda com uma marquinha ao seu redor em baixo relevo que os homens primitivos daquela região usavam para caçar ao rodá-las num tipo de corda, lançando-as sobre as patas de suas caças a fim de derrubá-las. O meu pai tinha algumas dessas boleadeiras no município de Quaraí-RS que ele havia achado em suas terras há muitos anos atrás. Com isso, tivemos que procurar um outro caminho e de preferência que não fosse o que passei em 2014 próximo da ponte sobre o arroio Chuí que liga o Brasil com o Uruguai, pois ele foi de difícil acesso naquela época. 

Voltamos para a Barra do Chuí em SVP-RS e entramos numa chácara velha na beira da rodovia. Seguimos adiante no meio da floresta de coníferas e de acácias, alternando com os campos até chegarmos ao PEMRS e do Brasil. Em setembro do ano passado, quando eu estava concluindo a Travessia/Expedição Norte-Sul vi algumas pegadas de puma por ali e o meu amigo ficou com medo quando eu disse para ele. Passamos por um brejo, ainda meio aguado com uns 50 m de extensão. O meu amigo disse que não daria para passar por ali por causa de uma fenda de um arroio menor logo em frente. Então fui adiante e descobri uma passagem mais para trás. Assim como em 2014 na Travessia/Expedição Norte-Sul eu estava super determinado para chegar logo ao PEMRS e do Brasil e nada iria me impedir. Fomos nos aproximando cada vez mais de acordo com as coordenadas do GPS. Naquele local super tranqüilo e silencioso, a predominância também era de uma vegetação rasteira, além de alguns trechos com um certo capim alto e cortante. A terra era uma mistura de areia com barro, devido à influência do arroio Chuí. Enfim chegamos ao marco LCOM Sul construído em minha homenagem, e agora era só vestir novamente a camisa da Travessia/Expedição Norte-Sul que realizei em 2014 para registrar aquele momento histórico ao lado dele. O marco ficou bem em frente ao arroio Chuí e representa o PEMRS e do Brasil, estando a uns 20 m mais ao Sul do que aquele outro marco que a Prefeitura do Chuí-RS fez a um tal grupo de montaria. Ele ficou bem forte e foi todo feito de concreto. No meio dele há uma placa de alumínio com os seguintes dizeres: “Homenagem e reconhecimento ao explorador brasiliense Leonardo César Osório Meirelles (LCOM) por ter realizado a primeira travessia 100% à força humana do Ponto Extremo Norte ao Ponto Extremo Sul do Brasil – Foram 16 km de caiaque, 45 km a pé e 6.120 km de bicicleta – Tal façanha foi concluída no dia 11 de setembro de 2014 – Prefeitura de Santa Vitória do Palmar-SECTUR – Santa Vitória do Palmar-RS, 15 de abril de 2015”. Fiquei muito feliz e emocionado ao ver aqueles dizeres que a Prefeitura de SVP-RS autorizou e reconheceu o seu conteúdo.

Passei também no PEMRS e do Brasil segundo o Google Earth, onde entrei no arroio Chuí para constatar que o  mesmo  estaria  somente  a  uns  11 m  mais  ao  Sul  em  relação  ao marco LCOM Sul, porém, aquele ponto ficava na maior parte do ano debaixo da água do arroio do Chuí.

O PEMRS e do Brasil segundo o IBGE estava no Uruguai a uns 280 m mais ao Sul em relação ao marco em minha homenagem (LCOM  Sul).  Por  isso  mesmo,  eu  nem  cheguei   a colocar esta marcação do IBGE no meu e-book, mas mesmo assim passei por ali na volta para o lado brasileiro em 2014. Dali era possível avistar no outro lado do arroio Chuí, ou seja, no Uruguai, um camping com barraquinhas verdes, cercadas de um bosque de eucaliptos.

Foi muito legal e prazeroso estar de volta naquele lugar que eu já tinha visitado várias vezes e sempre que eu pudesse dali para frente eu iria retornar para ver como estariam as condições deste marco feito em minha homenagem.

Retornamos à Barra do Chuí em SVP-RS e depois passamos num posto de combustíveis na beira da rodovia no Chuí-RS, onde eu havia fixado um adesivo da minha Travessia/Expedição Norte-Sul em setembro do ano passado, o qual estava junto com outros adesivos de várias pessoas e de grupos que já passaram por ali. Falei para o frentista, sem me identificar, que aquele cara do meu adesivo tinha feito uma travessia e tanto. O frentista então me falou que ele, no caso eu, não tinha realizado aquela travessia sozinho e sim que eram três caras juntos, onde um ia de caiaque, o outro a pé e o outro de bicicleta. Achei engraçado e o corrigi dizendo que não, que era para ele prestar atenção, pois ali dizia que era um cara (eu) fazendo tudo sozinho, mas ainda fiquei sem me identificar. Aí ele percebeu que realmente eu estava certo e falou: – Caramba, verdade! – Que loucura! Com isso, percebi como a história é muitas vezes contada de forma diferente pelas pessoas, ou seja, a maioria das pessoas costuma mudar, alterar ou transformar os fatos.

Mais tarde passei num jornal local e fui muito bem recebido pelo seu proprietário. Ficamos muito tempo ali conversando e o proprietário daquele jornal local ficou impressionado com a minha Travessia/Expedição Norte-Sul, dizendo que eu sou um verdadeiro patriota e que o Brasil precisava de gente assim. Ele me deu um livro sobre a história de SVP-RS, tirou algumas fotos comigo e eu prometi passar todos os dados daquela Travessia/Expedição para ele depois.

À noite passeamos pelo Chuí (Brasil) e pelo Chuy (Uruguai) e paramos num restaurante para comermos uma “parrillada” (assado de vários tipos de carnes, com frango, costela de gado, vacio, rins, chinchulines, chotos, lingüiças, morchichas, pimentão e batata cozida, acompanhados de pães com molho e creme). Estava tudo muito gostoso. Muito “rico”, como dizem por aquelas bandas.

Voltei a ver o marco LCOM Sul construído em minha homenagem e todos os amigos que conheci em janeiro de 2016 quando participei de uma palestra da Feira do Livro de SVP-RS sobre a Travessia/Expedição Norte-Sul que realizei do Monte Caburaí ao Arroio Chuí 100% à força humana.

PONTO EXTREMO MERIDIONAL DA REGIÃO SUL (PEMRS) * SUL *

PONTO EXTREMO OCIDENTAL DA REGIÃO SUL (PEOCRS) * OESTE *

 

Dia 18/04/2015

 

Aproveitando depois que eu estava com um amigo em Sta Vitória do Palmar-RS registrando minha presença ao lado do marco LCOM Sul, que foi feito em minha homenagem, continuamos a viagem e depois de passarmos por Pinheiro Machado-RS, Hulha Negra-RS, Bagé-RS Dom Pedrito-RS, Rosário do Sul-RS, Alegrete-RS e Uruguaiana-RS, chegamos à Barra do Quaraí-RS. Esta homenagem feita por aquele munícipio por eu ter me tornado o primeiro e único homem do mundo a atravessar todo o Brasil do Ponto Extremo Setentrional ao Ponto Extremo Meridional à força humana em 2014 foi muito gratificante para mim e lembro-me que na época eu estava competindo e consegui derrotar dois gringos de famosos canais de assinatura que já se encontravam a cerca de 2.000 km na minha frente. Recebi também outras homenagens depois que me deixaram bastante satisfeito.

Durante o caminho até a Barra do Quaraí-RS fui tirando várias fotos das paisagens e dos animais, como dos cavalos crioulos, do gado charolês, das ovelhas bem gordinhas e etc. Bandos de um passarinho chamado negrito voavam de alguns trechos da rodovia, onde certamente estavam se alimentando dos grãos de arroz que caíram das carretas. Ficamos durante horas percorrendo o bioma Pampas e lembrei-me do meu saudoso e querido pai que era daquela região fronteiriça com o Uruguai. O lugar fascina e lembra um pouco aqueles vastos campos que existem no Cerrado. As lindas fazendas possuem pastagens naturais e também existem várias plantações de capins para feno e para alfafa, além do costumeiro arroz de várzea. Alguns açudes centenários feitos de pedra matam a sede de várias espécies de aves, como marrecos, patos selvagens, garças, entre outros.

Eu ainda estava todo quebrado da viagem de ontem e meio tonto. Acho que era a gripe querendo me pegar e pensei que não daria para irmos ao PEOCRS. Além disso, dormi pouco e meio mal porque havia um hóspede no quarto vizinho que roncava como uma porca. Caramba, eu tinha que melhorar!

Tomamos café, comprei alguns remédios para a gripe e fui melhorando aos poucos. Ainda bem que não apareceu nenhuma maldita sinusite como a que peguei por ali em 2014 na Travessia/Expedição Norte-Sul.

Fomos à ponte internacional que separa o Brasil do Uruguai para ver se encontrávamos algum barco com piloteiro para nos levar ao PEOCRS, mas não achamos ninguém. Passamos depois na casa de um cara que vivia de turismo de pesca dali da cidade de Barra do Quaraí-RS e ele não estava mais no local. Sorte que a sua mulher nos indicou um outro cara que era piloteiro de uma voadeira própria e que talvez pudesse nos ajudar. Fomos à casa dele, mas não o encontramos. Porém, o seu vizinho nos levou até um acampamento na beira do rio Uruguai onde ele deveria estar.

No caminho até lá, de uns 7 km aproximados desde a rodovia, vimos uma grande área toda arada e pronta para receber as sementes de uma nova plantação. Beirando a bonita mata ciliar do rio Uruguai havia um mato ralo com centenas de teiazinhas de aranhas com pequenas gotículas da cerração que brilhavam conforme as olhávamos contra o sol. Fazia frio e vesti um dos meus casacos.

Passamos por um local, onde havia um bonito marco de uns 4 m de altura todo de pedra com cimento e com um grande brasão do Brasil. Ali consta que ele foi construído em 1901. Finquei um dos marcos que trouxe ali por perto. Encontrei o piloteiro da voadeira e combinei tudo com ele para nos levar até os possíveis PEOCRS. Saímos de voadeira quase às 10 horas. Depois passamos numa ilhazinha em frente à boca do rio Quaraí, onde finquei um marco, e desta forma eu tiraria qualquer dúvida em relação aos PEOCRS, pois uma tal Ilha Brasileira, logo ali perto e onde passaríamos também, apesar de estar confirmada como parte do território brasileiro, ainda era uma área reivindicada pelo Uruguai.

Continuamos por um braço do rio Uruguai e chegamos ao PEOCRS segundo o IBGE e ele estava dentro do rio Uruguai a uns 180 m da ponta da Ilha Brasileira, mas mesmo assim passamos por ali de voadeira. O do Google Earth também estava dentro do rio Uruguai e mais distante ainda, ou seja, a cerca de 465 m da ponta da Ilha Brasileira e também passamos por lá de voadeira. Fiquei um pouco receoso de passar naqueles dois pontos porque eu sabia que estávamos em águas uruguaias e talvez a marinha deste país pudesse nos incomodar. Ainda bem que ninguém apareceu. Logo depois chegamos à ponta oeste da polêmica Ilha Brasileira. Caminhei por ali com muita dificuldade no meio daquele barro e da areia quase movediça. Cheguei a afundar os meus pés uns 60 cm na lama e na areia e só consegui sair depois fazendo muita força com os joelhos. Depois caminhamos uns 130 m pela margem da Ilha Brasileira e chegamos ao antigo Marco Imperial 13-P, o qual também foi feito de pedra com cimento. Por fim, fomos a uma ilhazinha em frente à Ilha Brasileira, a qual fica quase toda submersa durante o ano, mas que pelo satélite do Google Earth era outro PEOCRS. Havia uma praiazinha de pedras bem próximo dela, mas preferi colocar o marco numa parte mais seca. Pronto, agora sim a missão de conquistar os PEOCRS estava totalmente cumprida.

Continuamos fazendo a volta pela enorme ilha Brasileira e voltamos ao nosso carro, de onde retornamos ao hotel. Caramba, aquela área foi a mais complicada até então para identificar o Ponto Extremo por causa dos problemas fronteiriços!

PONTO EXTREMO OCIDENTAL DA REGIÃO SUL (PROCRS) * OESTE *

PONTO EXTREMO ORIENTAL DA REGIÃO SUL (PEORRS) * LESTE *

 

Dia 12/03/2017

 

Eu e um amigo viemos de Cananéia-SP depois de termos saído de Brasília-DF e passado por Unaí-MG, Brasilândia de MG-MG, João Pinheiro-MG, Curvelo-MG, Serro-MG, Guanhães-MG, Água Boa-MG, Teófilo Otoni-MG, Gov. Valadares-MG, Caratinga-MG, Leopoldina-MG, Juiz de Fora-MG, Caxambu-MG, São Lourenço-MG, Lambari-MG, Pedralva-MG, Itajubá-MG, Lorena-SP, Taubaté-SP, Ubatuba-SP, Ilhabela-SP, Caraguatatuba-SP, Bertioga-SP, Guarulhos-SP e Peruíbe-SP.

Ontem à noite, após chegarmos à ajeitada vila de Ariri, Cananéia-SP, deixei tudo combinado com um piloteiro nativo para sairmos hoje de manhã do portinho desta vila.

Navegamos por um canal que liga Ariri, Cananéia-SP e outras vilas e comunidades ao mar. Fomos então rumo aos possíveis locais que poderiam ser o PEORRS.

Depois de passarmos pela vila Ararapira, Guaraqueçaba-PR, onde existe uma linda igreja do século XIII chamada São José na beira do rio da Fonte fomos à ponta de uma área que pertence ao PARNA Superagui a uns 400 m de distância daquela vila. Vimos um guará mariscando e tirei lindas fotos. Esse tipo de ave se destaca de longe por causa de suas penas vermelhas devido à substância encontrada nos crustáceos dos quais ela se alimenta no mangue. Finquei o marco PEORRS Terrestre naquele solo lamacento do mangue e com certa dificuldade por causa das dezenas de mutucas que nos atacavam.

Depois fomos aos Pontos Extremos segundo o IBGE e segundo o Google Earth que estavam no encontro do canal que vem de Ariri, Cananéia-SP com o canal que vem lá de Cananéia-SP e somente a uns 14 m de distância um do outro. Vimos as lindas montanhas do Parque Estadual Ilha do Cardoso aos fundos e novamente muito mangue. Depois vimos vários caranguejos, alguns biguás, jaçanãs, entre outros animais selvagens.

Havia um pescador solitário ali por perto e depois vimos algumas casas de pescadores e alguns barcos de pesca da região.

Voltamos e chegamos à Ariri, Cananéia-SP ao meio dia e fomos logo almoçar. Saímos às 13 horas e ali por perto encontrei um senhor de uns 80 anos de idade que fazia esculturas de madeira em formas de bichos da região apenas com o uso de um canivete. Trabalho fantástico! O parabenizei e comprei alguns de seus artesanatos para incentivá-lo a não parar com a produção daquelas belas peças.

PONTO EXTREMO ORIENTAL DA REGIÃO SUL (PEORRS) * LESTE *

PONTO EXTREMO SETENTRIONAL DA REGIÃO SUL (PESRS) * NORTE *

 

Dia 15/03/2017

 

Continuando a viagem com o meu amigo e depois de termos passado nos Pontos Extremos Oriental da Região Sul e Meridional da Região Sudeste saímos de Pariquera-Açu-SP e fomos para Rosana-SP. Depois de conhecermos o Ponto Extremo Ocidental da Região Sudeste ali por perto chegamos a Teodoro Sampaio-SP ontem de tardinha.

Acordei bem cansado e indisposto. Amanheceu chovendo bastante e parece que iria ficar assim o dia todo. Para o lado de Jardim Olinda-PR parecia que o tempo estava se abrindo e resolvi ir para lá. Passamos por dentro de um canavial ainda do lado de SP para tentarmos nos aproximar mais perto do PESRS, porém, a estradinha cheia de lama, não chegava até a margem do rio Paranapanema e não encontramos nenhum barco por ali.

Chegando perto da UHE de Taquaruçu, na divisa com o PR, a chuva aumentou novamente e tive um pouco de dificuldade para passar na estradinha de terra de uns 3 km até a casa do piloteiro que havíamos combinado tudo ontem por causa do lamaçal que se formou. Ficamos ali na casa do piloteiro debaixo de muita chuva e eu não quis arriscar ir ao PESRS dessa forma. Lá para o meio dia combinei com o piloteiro de nos encontrarmos às 13 horas, e enquanto isso fomos almoçar em Itaguajé-PR na esperança do tempo melhorar. Deu certo e saímos de voadeira às 13 horas. Deu para ver dali a ponte por onde passamos em frente da UHE de Taquaruçu e a marca d’ água do rio Paranapanema estava nela a uns 7 m de altura, quando no ano passado houve a maior enchente até então registrada por ali. Fiquei impressionado com o tanto que aquele rio deve de ter subido. Por isso, que lá em Rosana-SP, onde ele deságua no rio Paraná, o piloteiro de lá nos mostrou o canal que havia formado com esta tal enchente do ano passado. Passamos também no encontro do barrento rio Pirapó com o rio Paranapanema, onde a ponte para Jardim Olinda-PR no ano passado caiu por causa das fortes chuvas.

Descemos o rio Paranapanema e deu para ver um trecho de uma rodovia de SP, o canavial e a cidade de Teodoro Sampaio-SP. O rio por ali era bem largo e havia muitos peixes como o dourado, curimba e piapara. Depois de uns 8 km chegamos ao ponto exato e por sorte o local estava bem limpo e sem barranco. Finquei o marco ali, tiramos muitas fotos, filmei e levamos muitas mordidas das formigas do pau Jaú. Depois passamos de voadeira pelos possíveis pontos do IBGE e do Google Earth que estavam a uns 280 m da margem de onde paramos e dentro do rio Paranapanema.

Voltamos para o meu carro e depois para Teodoro Sampaio-SP.

PONTO EXTREMO SETENTRIONAL DA REGIÃO SUL (PESRS) * NORTE *