PONTO EXTREMO MERIDIONAL DA REGIÃO SUL (PEMRS) E DO BRASIL – SUL
Dia 30/01/2011
Depois de estar viajando por mais de um mês, passando por Unaí-MG, Urucuia-MG, Montes Claros-MG, Janaúba-MG, Rio de Contas-BA, Jussuape-BA, Mucugê-BA, Andaraí-BA, Nova Redenção-BA, Palmeiras-BA, Lençóis-BA, Mulungum-BA, Carfadeum-BA, Morro do Chapéu-BA, Ourolândia-BA, Jacobina-BA, Campo Formoso-BA, Pacuí-BA, Sobradinho-BA, Petrolina-PE, Juazeiro-BA, Caraíba-BA, Uauá-BA, Canudos-BA, pela Estação Ecológica Raso da Catarina-BA, Euclides da Cunha-BA, Tucano-BA, Caldas do Jorro-BA, Cipó-BA, Jeremoabo-BA, Paulo Afonso-BA, pela Reserva Indígena Raso da Catarina, Floresta-PE, Cabrobó-PE, Ibimirim-PE, Buíque-PE, pelo PARNA Catimbau-PE, Arcoverde-PE, Recife-PE, Cabo de Sto Agostinho-PE, Ipojuca-PE, Porto de Galinhas-PE, Recife-PE, Goiana-PE e João Pessoa-PB, finalmente eu e uma amiga chegamos a João Pessoa-PB e fomos à praia da Ponta dos Seixas-PB, onde se situa o PEORRNE, do Brasil e das Américas.
Estive por ali há 16 anos e lembrei-me que muitos brasileiros e turistas, muitas vezes desatentos, não percebiam que o Farol do Cabo Branco não era o PEORRNE, nem do Brasil e nem das Américas, mas sim que era uma ponta de pedras na praia da Ponta dos Seixas.
Conseguimos uma pousadinha a uns 200 m do Ponto Extremo e depois de tudo ajeitado fomos rever o farol do Cabo Branco. O farol tem a forma de uma estrela de três pontas, seguradas por um pilar central nas cores preto e branco. Lá de cima dava para ver o lindo mar e lembrei-me que a África estava bem na nossa frente a alguns milhares de kms. No farol estava escrito na placa comemorativa, de forma incompleta e equivocada, que ali era o Ponto Extremo Oriental do Brasil e da América do Sul.
Marquei outro ponto no GPS perto daquele farol e depois fomos caminhando por um trecho que descia a falésia, passando por alguns resquícios de Mata Atlântica até a praia em frente à falésia do farol do Cabo Branco, onde marquei outro ponto. No local havia terra nas tonalidades amarela, vermelha e outras cores nas paredes da falésia e uma praia com um areal de uns 10 a 15 m de largura. Vi também os pedaços do muro do farol do Cabo Branco, o qual cedeu uma parte.
Depois caminhamos na direção de algumas barracas na praia da Ponta dos Seixas e passei numa placa, onde dizia erroneamente que ali era o Ponto Oriental das Américas. Na verdade ali era o “Extremo”, e não o “Ponto”.
Chegamos logo depois à ponta de pedras na praia da Ponta dos Seixas, onde se localizava o PEORRNE, do Brasil e das Américas segundo o Google Earth. A maré estava baixa e com isso, registrei vários pontos no GPS por ali e finquei um marco em cima de algumas pedras grandes que serviam de proteção para o quintal de uma casa bem na ponta de pedras daquela praia.
O PEORRNE segundo o IBGE estava dentro do mar a uns 20 m da praia e a uns 93 m dali. Deste lado a praia estava linda e então tomei um banho bem relaxante e aproveitei também para ir até o Ponto Extremo segundo o IBGE mar adentro, na beira da praia e com algumas ondas.
Mais tarde, eu também iria concluir que todos os Pontos Extremos brasileiros estavam abandonados e esquecidos pelo governo brasileiro. Estes lugares, além de Pontos Extremos, deveriam ser também considerados como pontos turísticos, onde que todo brasileiro teria o orgulho e o prazer de saber onde começa e onde termina o seu país.
Este Ponto Extremo era realmente o mais fácil de ser conquistado, ou seja, as estradas de acesso eram boas, existiam pousadas, bares, hospitais e tudo o mais de importante. O único problema era ter certeza onde ele estava localizado.
Concluí então com certeza que mais uma vez a polêmica entre a ponta de pedras na praia da Ponta dos Seixas e o farol do Cabo Branco para se saber qual dos dois locais era o PEORRNE, do Brasil e das Américas havia sido derrubada. Ou seja, por cerca de uns 400 m, a ponta de pedras na praia da Ponta dos Seixas estava mais ao oriente do que o farol do Cabo Branco. Com isso, penso que o governo ou a Marinha brasileira deveriam fincar um poste ou algo parecido e com as devidas coordenadas na ponta de pedras da praia da Ponta dos Seixas como o PEORRNE, do Brasil e das Américas, e não como estava equivocadamente mencionado no farol do Cabo Branco. De qualquer forma, registrei tudo nos dois polêmicos pontos para não ficar nenhuma dúvida de que estive por ali de novo. Realmente era uma tristeza ver que neste Ponto Extremo não existia nenhum marco preciso e definitivo no local.
Estive ali também em outubro de 2016 na Travessia/Expedição à força humana entre o Ponto Extremo Ocidental e Oriental (Oeste – Leste) do Brasil e em novembro de 2020.