PARQUE NACIONAL SETE CIDADES

1ª PARTE

2ª PARTE

3ª PARTE

4ª PARTE

5ª PARTE

 

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

 

QUANDO IR:

O PARNA pode ser visitado em qualquer época do ano. Durante a época das chuvas as cachoeiras e riachos voltam a ter água, ou seja, de fevereiro ao final de maio.

 

O QUE LEVAR:

Leve meias especiais, esparadrapo e algodão, repelente, protetor solar, boné, óculos de sol, roupas de uso pessoal (prefira as de nylon ou de material leve), um bom GPS com as coordenadas já marcadas, power bank (carregador para aparelhos eletrônicos), lanterna de testa, aparelhos eletrônicos pessoais, barras de cereal, bananas desidratadas, uma ou outra bebida energética, etc.

Leve um Específico Pessoa para amenizar eventuais picadas de animais peçonhentos para as primeiras horas.

Leve também roupas de banho e muita, muita água para beber.

 

COMO CHEGAR:

Chega-se ao PARNA por vários caminhos. O mais comum é vindo de Teresina-PI a 209 km de distância.

           

CIDADES DE APOIO:

Piracuruca-PI é a melhor opção, mas pode-se hospedar também em Piripiri-PI. Ambas oferecem boa estrutura para os turistas. O hotel fazenda Sete cidades na entrada do PARNA também é outra boa opção.

 

ATRAÇÕES:

O PARNA possui diversos afloramentos rochosos, pinturas rupestres, cachoeira do Riachão, trilhas e mirantes. A imaginação voa e muito interessante se sentir vivendo na época dos homens pré-históricos. As cidades de Piracuruca-PI e Piripiri-PI possuem um patrimônio arquitetônico interessante e algumas atrações também.

 

DICAS:

Não deixe de pegar autorização do ICMBio caso for caminhar nas trilhas do PARNA.

Procure ir sempre de calça e camisa manga longa de tecidos finos para se proteger do sol e dos mosquitos.

Nunca faça as trilhas sozinho.

A água para beber é fundamental.

Apesar de que as trilhas são muitos frequentadas é sempre bom ficar atento aos animais peçonhentos.

Pode-se conhecer o PARNA em só dia, mas sempre ficará algo de especial faltando. Por isso reserve pelo menos uns dois dias para conhece-lo bem.

                       

RISCOS:

Raios e ventanias quando chove, muito calor, etc.

Onças-pardas, animais peçonhentos e outros animais selvagens.

Acidentes de forma geral, se perder, quedas e tombos, escorregões, cortes e arranhões, picadas, mordidas, etc.

 

DIÁRIOS:

Estive por ali há muitos anos atrás também e este foi um dos primeiros PARNAs que conheci, juntamente com o PARNA Ubajara no Ceará, devido à pequena existente entre eles. Naquela época fui em quase todas as sete cidades, pois a sétima cidade era proibido a sua entrada. Lembro-me que naquela vez fiquei hospedado num hotel fazenda bem próximo do PARNA e conheci várias atrações. Uma delas que havia me chamado muito a atenção foi um tipo de alfabeto pré-histórico que existe numas pinturas rupestres próximas da entrada Norte do PARNA. Há muitas teorias incomuns e meio alienadas sobre as Sete Cidades. Uns dizem que sofreram influências dos fenícios ou dos vikings, outros dizem que são resquícios de Atlântida e outros dizem que sofreram passagens dos extras-terrestres. Alguns estudos indicaram que as pinturas rupestres ali existentes possuem de 2.000 a 6.000 anos de idade.  

Ontem à noite chegamos tarde na cidade e não deu para escolher uma pousadinha melhor. O jeito então foi ficar numa meio quebra-galho, mas que pelo menos tinha um bom café em Piracuruca-PI. Logo de manhã fomos rumo ao PARNA Sete Cidades. Entramos pela portaria Norte e logo chegamos à Lagoa dos Milagres e à Primeira Cidade. Chamam de “Cidades” o grupo de formações ou de afloramentos de rochas pré-históricas com suas marcas causadas pelas intempéries durante milhares de anos. Vimos algumas pedras parecidas com árvores petrificadas que são chamadas ali de Canhões (são folhas de ferrificação). Tenho uma teoria de que Sete Cidades, assim como a Serra da Cangalha-TO, o Parque das Árvores Petrificadas-TO, os fósseis de Santana do Cariri-CE, as pegadas dos dinossauros em Sousa-PB e outros lugares e formações ficaram assim por causa do meteorito que caiu na Serra da Cangalha-TO e provocou uma onda cósmica que saiu petrificando tudo num raio de vários kms. Há várias pedras que formatos que lembram uma Galinha Choca, uma Bigorna e uma Máquina de Costura. Também há um monte de pedras que lembra uma Floresta. Vi um mocó e várias bromélias e cactos. Levantei o drone e filmei tudo por ali. Vi também uma pedra que lembra o busto de Dom Pedro I. Deu uma vontade louca de tomar um banho ali naquela lagoa, pois o calor estava de lascar, mas o tempo era curto. Vimos algumas pedras coloridas e uma frutinha chamada raposa.

Depois fomos rumo à cachoeira Riachão. Passamos por um riacho seco e por uma área de transição entre a Caatinga e o Cerrado. Chegamos à parte de cima da cachoeira do Riachão, onde havia uma boa estrutura. A escadaria por ali possui 81 degraus, havia muita variedade de plantas e de pássaros e algumas marcas exóticas nas pedras, que se chamam estromatólitos. Dava para sentir a diferença da umidade. Uma certa rocha estava toda coberta de teias de aranhas.

Voltamos e passamos na Sétima Cidade. Caminhamos ali por dentro na Caatinga procurando um tal de Casario, até que o encontramos. Depois fomos ao Dragão Chinês e à gruta do Pajé que fica debaixo dele com suas pinturas rupestres. O Mapa do Piauí fica ali por perto também e vimos cupins numas pedras. Havia uma frutinha amarela que parecia ser bem gostosa, porém, não arrisquei prová-la. A vegetação por ali é bem variada com cactos, bromélias e plantas da Caatinga.

Fomos à Brasileira-PI ali por perto para almoçar e fugir um pouco do calor extremo. Saímos pelo portão Sul, almoçamos bem e depois voltamos ao PARNA pelo mesmo portão. Vi uma flor-do-Cerrado e alguns cupinzeiros.

Passamos na Sexta Cidade e filmei tudo na Pedra do Elefante, do Cachorro e da Tartaruga. Esta última pedra é incrível com seus desenhos formados pelas intempéries. Como pode a natureza criar essas formações? Algumas pedras possuem um formato hexagonal perfeito como aqueles paralelepípedos de algumas cidades. Por ali também havia uma pedra furada nas pequenas formações. Uma outra formação parecia um cuscuz. Vi alguns líquenes amarelos. Subi o drone e deu para ver outras cidades também. Engraçado que algumas áreas do PARNA estavam com a mata verde e outras bem secas. Outras pinturas rupestres haviam por ali também.

Na Quinta Cidade havia mais grutas, pinturas rupestres misteriosas e mais desenhos formados pelas intempéries. Uma dessas pinturas lembrava um cara com asas e havia algumas mãos também. Fomos à furna do Índio, a qual é uma gruta pequena com desenhos ou formações diferentes na parte de cima da rocha. Vimos outras mãos e desta vez com redemoinhos nas suas palmas. Passamos pela Pedra da Chaminé, pela pedra do Imperador ou do Rei de Costas e pela Pedra do Camelo ou da Casa do Guarda. Na Gruta do Catirina ainda existe aquele buraquinho redondo feito na rocha dura que dizem ser ali onde esse senhor primitivo criava as suas porções de remédios. Esta gruta seria um local ideal para se viver escondido das feras na era pré-histórica.

A Segunda Cidade parece ser a maior de todas. Vimos um calango-de-listra-branca e chegamos ao Portal dos Desejos, o qual é uma pedra furada gigante que antigamente se passava de carro ali por debaixo dela. Por ali também há vários Sítios Arqueológicos, com uma mão que parece ter seis dedos, uma centopeia gigante, um homem-arara, algumas mãos com redemoinhos também e diversas outras pinturas. A imaginação da gente voa e por alguns momentos eu tentei me colocar no lugar daquelas pessoas primitivas que viviam por ali se escondendo das feras, passando frio e fome, se abrigando nas grutas e cavernas e quem sabe já dominando o fogo que foi tão crucial naquela época. Vi outras flores e frutos da Caatinga e outras pinturas que também pareciam com um alfabeto pré-histórico. Percebi que num certo trecho havia outra pedra furada. Chegamos à Pedra da Jiboia ou da Biblioteca, que é a maior ponte de pedra encontrada no Brasil com apenas dois apoios em só vão de mais de 30 m. Caminhamos mais um pouco e subimos um mirante com uma vista para lá de privilegiada. Lá no alto do mirante vimos a Pedra do Búfalo. Esta foi a cidade que mais demoramos de conhecer. Passamos na volta por uma pedra que era igualzinha à Serra da Cangalha-TO, ou seja, com a forma de uma cangalha ou arreio velho.

Na Quarta Cidade passamos pelo um tal de Archete, onde há um portalzinho. Vimos aquelas naves espaciais da série Guerra nas Estrelas e um desses desenhos tinha outro desenho por cima dele. Depois passamos pelo Mapa do Ceará e pelo Mapa do Brasil. Um dos lados deste último “mapa”, o que seria o seu contorno, estava segurado por apenas uma camada de pedras soltas que podem desabar a qualquer momento. Vi outra pedra furada e alguns líquenes amarelos que me chamaram a atenção, pois tinha o mesmo formato de algumas pinturas rupestres por ali, ou seja, circular e com várias ondas. Vimos a Pedra do Beijo dos Lagartos e um lagarto teiú de verdade.

Por fim chegamos à Terceira e última Cidade. Reparei que elas não estavam em ordem crescente. Vimos o Dedo de Deus e mais Castelos e pedras exóticas. Passamos por outras pedras furadas e pelos Três Reis Magos com suas três pedras pontudas e altas. Certos musgos na cor verde claro me chamaram a atenção. Vi pequenas grutas e mais pedras furadas. Uma dessas pedras furadas parecia com uma galinha ciscando. Passamos pela Pedra do beijo e de Nossa Senhora. Vi um papagaio-verdadeiro, algumas pedras coloridas e a Pedra do Soldado Romano. Fizemos uma longa trilha e passamos por uma área que parecia com aqueles Castelos como os da Capadócia piauiense em São José do PI-PI. Subimos um mirante que vimos na estradinha de terra e curtimos um pouco o ocaso. Passamos pelo Furo do Solstício e pela Pedra do Pombo. Anoiteceu e a lua apareceu. Ficamos até mais tarde para ver se conseguimos avistar algum animal selvagem, mas só encontramos bacuraus.

À noite demos uma volta por Piracuruca-PI e percebi que a cidade era bem antiga e com uma igreja de 1.743 que estava escrito em algarismos romanos da seguinte forma MDCCXLIII.

No outro dia, ainda passamos cedo no Centro de Visitantes e vimos um camaleão e alguns xexéus que não paravam de cantar. Depois seguimos rumo a um sítio onde há pinturas rupestres com mãos com seus dedos. Incrível! Seria uma deformação ou eram pessoas ou seres diferentes?

 

SUGESTÕES:

Deveria de ter visitações às outras trilhas dentro do PARNA, que devem ser feitas sempre acompanhado de algum guia.

 

OBSERVAÇÃO:

As informações aqui contidas são meras experiências passadas por mim neste PARNA e em suas redondezas. Portanto, não me responsabilizo pelos riscos e problemas que possam acontecer e nem em garantir que tudo dará certo para propensos visitantes a este PARNA e as suas redondezas. Cabe a cada propenso visitante se responsabilizar pelas suas decisões e atitudes, procurando sempre um comportamento lícito e compatível com o local, com a fauna, com a flora e com as pessoas ali residentes e nativas. Além de que deverá seguir as regras do ICMBio, as regras de segurança e o uso adequado de seus equipamentos durante toda a visitação deste PARNA e de suas redondezas.